domingo, 29 de abril de 2012

O balde rachado.

Na Índia, um carregador de água, sempre levava dois baldes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. 



Um dos baldes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito. No fim da caminhada entre o poço e a casa do chefe, o balde rachado chegava pela metade, o outro sempre chegava cheio de água. Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um balde e meio de água na casa de seu chefe. 

O balde perfeito orgulhoso de suas realizações. Porém, o balde rachado estava envergonhado de sua imperfeição, sentindo-se miserável por não ter capacidade de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer. 

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, um dia, à beira do poço, o balde falou para o homem: 

- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.

- Por quê e de que você está envergonhado? Perguntou o homem. 

- Nesses dois anos, eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado fez com que a água vazasse por todo o caminho até a casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o balde rachado. 

O homem ficou triste pela situação do velho balde, e com compaixão falou: 

- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho. De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho balde rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o balde ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.

Disse o homem ao balde: - Você notou que pelo caminho só havia flores no lado que você vai? Notou ainda que a cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava? 

Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa. 

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